Marcha das vadias: carta resposta
O amigo e colaborador Alexandre Kumpinski indignou-se com o texto “Marcha das Vadias: liberdade feminina ou putaria?” do Mauro Ampessan publicado no portal Facool. Resolveu, então, escrever uma carta-resposta apresentando seu ponto de vista do texto e das reivindicações da Marcha das Vadias para tentar esclarecer algumas confusões e dúvidas que surgiram após a marcha. Leia abaixo:
Ao Mauro Ampessan, autor de “Marcha das Vadias: liberdade feminina ou putaria?” (publicado no dia 29/05/2012)
Li o teu texto e fiquei muito impressionado. Tanto que não consegui deixar de vir aqui te escrever essa carta aberta pra tentar te mostrar o quanto eu acho que é pura bobagem (das vergonhosas, até) o que tu andou escrevendo sobre o assunto.
Vou ter que fazer um esquema meio perguntas e respostas aqui pra conseguir comentar tudo. Vou destacar partes do teu texto pra tecer comentários a partir deles, ok? Vejamos:
MARCHA DAS VADIAS: LIBERDADE FEMININA OU PUTARIA?
Já no título tu mostra que não tá entendendo a que se propõe a Marcha das Vadias, colocando ‘liberdade feminina’ em contra-ponto a ‘putaria’. Uma das principais questões levantadas na marcha é justamente a necessidade de extinguir a mentalidade de que uma mulher que se comporta sexualmente como bem entender é uma puta (ou vadia). “Se ser vadia é ser livre, então eu sou vadia” foi uma frase muito usada nos cartazes da marcha e explica com clareza esse ponto – e mostra a coerência do nome da marcha na tentativa de esvaziar de maus significados o termo ‘vadia’. É o que acontece bastante com torcidas de futebol, que acabam assimilando um xingamento criado pela torcida adversária até que se torne uma forma de identificação sem caráter pejorativo (por exemplo, os colorados se auto-proclamarem orgulhosamente de ‘macacos’ ou os palmeirenses de ‘porcos’). Sendo assim, se deixarmos de lado o uso pejorativo/preconceituoso do termo ‘putaria’, interrogar “liberdade feminina ou putaria” é o mesmo que interrogar “putaria ou putaria”, que é o mesmo que “liberdade feminina ou liberdade feminina”, sacou? Ou seja: teu título não faz sentido, a não ser que tu tenha sido preconceituoso logo na primeira linha do texto, que é o que, afinal de contas, parece que tu foi.
Entretanto, o que se vê, não só na Marcha das Vadias, mas também nas que defendem os direitos a homossexuais, é muita apelação e falta de engajamento verdadeiro, falta de informação por parte dos próprios manifestantes, falta de seriedade em relação ao assunto.
Apelação: imagino que tu esteja te referindo a mostrar os peitos, certo? E, no caso dos homossexuais, beijar na boca em público ou dançar fantasiado, né? Se for isso mesmo, vou falar sobre mostrar os peitos mais adiante no texto, quando tu explana mais sobre o assunto.
Falta de engajamento verdadeiro: se sair espontaneamente nas ruas defendendo um discurso coerente e ainda (infelizmente) muito necessário não é engajamento verdadeiro, então eu não sei o que é.
Falta de informação: vi só cartaz com questionamentos e exigências muito sensatas na marcha. Coisa de gente bem informada.
O que se viu, considerando-se a maioria da classe manifestante e sua faixa etária, na verdade, foi um pedido de tolerância a atitudes apelativas, a manifestações públicas que acabam ferindo o direito que outros têm de poupar-se do que a mídia chama de “fortes imagens” e que termina por censurá-las ou jogá-las nas altas horas da madrugada.
Aqui já tenho quase certeza de que tu tá falando de mostrar os peitos. Pois bem: uma mulher mostrar os peitos não deveria ser considerado apelação, não deveria ser censurado e muito menos deveria ser proibido. As mulheres deveriam poder mostrar os seus peitos onde e quando bem entendessem. Por quê? O motivo mais simples é bem simples mesmo, mas já totalmente suficiente: porque os homens podem. E um dos pontos principais aqui é defender uma verdadeira igualdade entre os sexos, que ainda não existe. Depois disso, pensa numa burca e em toda a violência que ela representa `a liberdade de uma mulher decidir sobre o seu próprio corpo. Pois bem: mostrar os peitos em praça pública é como pedir o aniquilamento final de qualquer burca, sacou?
Nessa passeata vi muita “vadiazinha” querendo ser vadia sem ter que conviver com o peso que esse termo atribui.
Fico até feliz que tu tenha tido coragem de escrever isso. Essa tua postura de desprezo em relação às mulheres que tu chama pejorativamente de vadias ilustra perfeitamente o tipo de postura machista que ainda existe no mundo e que justifica a existência dessa marcha. O que é ser vadia, afinal? É ser mulher e transar com um monte de caras? Qual o problema nisso? Qual o problema da mulher fazer o que ela quiser com a buceta dela? O homem que transa com um monte de mulher é comedor, bonzão. A mulher que faz a mesma coisa é uma puta que não se dá ao respeito. Essa mentalidade é injusta e precisa mudar. Se lá tu viu “muita vadiazinha querendo ser vadia sem ter que conviver com o peso que isso atribui” é porque ser livre não deveria atribuir peso algum a qualquer mulher mesmo. Tu até viu certo, veja só – só faltou deixar o preconceito de lado.
(uma curiosidade: alguma efetividade da marcha já se percebe no teu próprio texto. o pressentimento de que o termo ‘vadia’ talvez já não seja pejorativo o suficiente pra humilhar uma mulher fez tu usar a palavra ‘vadiazinha’, pra não deixar dúvidas sobre a tua intenção agressiva na hora de se referir às manifestantes, percebeu?)
Vi em pouquíssimas uma busca por respeito à integridade feminina, mas na maioria um pedido de tolerância à putaria, o que certamente não combina com o objetivo central da passeata citado anteriormente, e que até mesmo contraria o ideário feminista.
Tudo errado. Essa integridade feminina de que tu fala – a integridade da moral e dos bons costumes, da mulher casta, domada, que não é vadia – nunca foi buscada nessa marcha. Agora, se tu tá te referindo à integridade das mulheres no sentido de elas não quererem ser violentadas física e psicologicamente a partir da lógica de que elas são pessoas de alguma maneira inferiores que não devem ser levadas a sério a não ser na condição de corpo que deve servir sexualmente ao homem, bem, aí tu estaria no caminho. Mas pelo jeito não tá, porque é justamente isso que o ideário feminista que tu citou busca: que a mulher possa se emancipar de vez e ser respeitada de igual pra igual, julgada de igual pra igual, remunerada de igual pra igual, tratada de igual pra igual sempre. E que nos momentos em que se detecte qualquer diferença entre elas e os homens – que existem – que isso não seja usado como argumento pra subjugá-las de alguma maneira.
Uma coisa é respeitar o corpo e o espaço de uma mulher, outra é liberar a promiscuidade pública.
Mulheres mostrando os peitos como um ato político que visa mostrar pra sociedade que já passou da hora de elas serem donas do seu próprio nariz e de terem autonomia em relação ao seu corpo e sua vida não é promiscuidade. Aliás, promiscuidade é um termo que já vêm carregado de uma ideia moralista equivocada de que deve existir um parâmetro social que regule o apetite sexual de uma pessoa (e, na prática, principalmente o de uma mulher).
Vale destacar que ainda existem crianças nesse mundo, mais de 50% são meninas, e ainda queremos que elas vivam etapas e sejam inocentes antes da adolescência.
Se ver um peito feminino nu fizesse com que crianças perdessem a inocência e deixassem de viver etapas, a amamentação deveria ser rigorosamente proibida.
Seja machista ou feminista, qualquer manifestação que peça uma mudança de atitude da sociedade e de políticas públicas deve antes atentar para sua causa e seus representantes.
Se há algo que se possa chamar de “manifestação machista” é o que se manifesta diariamente por todos os cantos e não pede mudança nenhuma de comportamento da sociedade. Muito pelo contrário, o machismo gostaria que tudo seguisse sendo como é: a maioria das mulheres acreditando que são apenas seres frágeis, delicados, castos, incapazes de plena autonomia. Enfim, que devem baixar a cabeça pra lógica dominante e continuar a servir os homens conforme a vontade deles.
Albert Einstein disse uma vez: “Não se pode esperar resultados diferentes fazendo as coisas da mesma forma.” Em outras palavras, não use o desrespeito pra pedir mais respeito.
Em nenhum momento a marcha desrespeitou ninguém, a não ser que tu acredite que mulheres lutando por respeito já seja por si só um desrespeito à autoridade do homem. Ou que peitos de fora são desrespeitosos (mas tomara que a essas alturas tu já tenha superado essa babaquice).
E fazer as coisas da mesma forma seria mostrando cartazes com dizeres como “se tu não consegue bancar um jantar caro, por que me convidou pra sair?” ou “a única coisa que homem sabe fazer é ver futebol e coçar a bunda no sofá”. Não, não foi usado nenhum clichê desrespeitoso do machismo propagado por aí, até mesmo por várias mulheres. Não, em nenhum momento as mulheres que marchavam adotaram uma postura de superioridade em relação aos homens, então essa frase do Einstein simplesmente não se encaixa na situação.
por Alexandre Kumpinski
Quase tive um orgasmo lendo esse texto. Só digo: obrigada por simplesmente ser coerente!
Parabéns pela resposta! Realmente demonstrou o que desde o princípio estava muito claro, toda a argumentação contrária a marcha das vadias é baseada no preconceito que elas tentam extirpar. Por isso incomodou tanto os defensores desse pensamento reacionário e explorador.
Relato que concordo.
Péssimo texto. Muita demagogia e fantasia. Pouco argumento e realidade. O Mauro, se quiser, pode destruir essa “carta resposta” facilmente apenas se baseando na lógica.
mas se baseando no bom senso e nos direitos humanos, Mauro não vence nem fodendo.
nem na lógica, na verdade…
É, numa lógica machista, pode até ser.
+ 1
Chamra este texto de péssimo e passar atestado de misogenia para si próprio!
“As mulheres deveriam poder mostrar os seus peitos onde e quando bem entendessem. Por quê? O motivo mais simples é bem simples mesmo, mas já totalmente suficiente: porque os homens podem.”
Mas será que tu não sabe que os seios da mulher é algo diretamente ligado ao ato sexual, ao contrário do peito do homem, seu ANIMAL?
“O homem que transa com um monte de mulher é comedor, bonzão. A mulher que faz a mesma coisa é uma puta que não se dá ao respeito. Essa mentalidade é injusta e precisa mudar.”
“PRECISA MUDAR” UHASDHIASJIODAS. E o homem virgem que é chamado de fracassado, e a mulher virgem que é valorizada? Isso tu não fala, não é safado?
véi, na boa
Quem te ensinou que os peitos das mulheres são diretamente relacionados com sexo????
Além disso,
“O homem que transa com um monte de mulher é comedor, bonzão. A mulher que faz a mesma coisa é uma puta que não se dá ao respeito.”
=
“o homem virgem que é chamado de fracassado, e a mulher virgem que é valorizada”
ótimo argumento! asuahsushaush
Ponto pra Júlia!
“Quem te ensinou que os peitos das mulheres são diretamente relacionados com sexo????”
Até onde eu saiba, os seios são órgãos sexuais. Se um homem saísse expondo os seus órgãos sexuais, você não acharia bonito.
José Oliveira, entao saiba que os seios tem a principal funcao de amamentar, nao de servir para prazer sexual.
Eu queria saber porque o peito de uma mulher esta diretamente ligado ao ato sexual e o de um homem não. E depois disso, os garotos virgens serem taxados de maneira errada como fracassados, e as meninas virgens serem valorizadas simultaneamente, tem que mudar também.
nossa, o dia em que os seios forem órgãos sexuais me diz porque se amamenta com eles? pra ter um orgasmo? e porque os caras podem mostrar seus seios e não serem atacados na rua e nem ofendem ninguém com isso?
O que tu disse com “E o homem virgem que é chamado de fracassado, e a mulher virgem que é valorizada? Isso tu não fala, não é safado?” é exatamente a mesma coisa que ele disse, porém vista de contra-plano.
Se as mulheres não fossem julgadas de forma pejorativa por transar com quantos caras quiserem e os homens não fossem idolatrados pela situação inversa, não haveria motivos para que o homem virgem fosse fracassado e a mulher valorizada.
Ser virgem não torna uma pessoa melhor ou pior, independente do gênero. É uma escolha, uma opção, e deve ser respeitada. Uma pessoa virgem nada mais é do que uma pessoa virgem. Nem santa, nem fracassado.
Tá faltando um botão “curtir” aqui.
Tá faltando um botão ”curtir” aqui. +1
Se seios são NATURALMENTE ligados ao sexo (que é que você deixa a entender), para se obter leite o fazendeiro estaria então, masturbando a vaca? Fazendo um carinho nela?
Seu segundo argumento não tem base, nem mesmo para ser refutado…é trabalho demais tentar achar um raciocínio nele…
vaca não tem seio! e o touro não lambe os uberes das vacas antes do coito!
eu lambo a orelha da minha namorada antes e durante o coito. devemos começar a usar um tapa-orelhas agora pra sair na rua?
Os peitos das mulheres só são ligados ao ato sexual por causa do comportamento da sociedade, porque não há nada biológico que faça essa “ligação”.
Chamar alguém de fracassado por ser virgem também é uma forma de machismo.
Porque é uma forma de machismo, e não de feminismo, se mulheres também chamam virgens de fracassados?
Mas Daniel, de onde você tirou que mulheres que chamam virgens de fracassados são feministas?!? Essas mulheres são machistas, oras!
“Mas será que tu não sabe que os seios da mulher é algo diretamente ligado ao ato sexual, ao contrário do peito do homem, seu ANIMAL?”
DIRETAMENTE ligado ao ato sexual? me explica, então, que conexão direta é essa. até onde sei mamas não produzem gametas, não abrigam gametas, nem nada do tipo (e mesmo que o fizessem, qual o problema? ser relativo a sexo significa ser ruim? feio? sujo?). o ato sexual pode (e eu acho que deve!) envolver o corpo inteiro. isso não faz (ou pelo menos não deveria fazer) do mesmo motivo de vergonha.
(aproveitando o gancho: deveríamos todos cobrir a boca também? seguindo essa tua lógica…)
“E o homem virgem que é chamado de fracassado, e a mulher virgem que é valorizada? Isso tu não fala, não é safado?”
isso também é triste, na minha opinião. mas eu gostaria que tu entendesse que a marcha não é um pedido para que as pessoas transem com todas as outras. é apenas a afirmação do DIREITO que todos nós temos de fazê-lo OU NÃO. ou seja, que todos os homens virgens se sintam abraçados agora e se sintam convidados a marchar conosco por um mundo que não nos julgue pela nossa vida sexual!
#Todosesculachajosé
“Mas será que tu não sabe que os seios da mulher é algo diretamente ligado ao ato sexual, ao contrário do peito do homem, seu ANIMAL?”
Daniel Vidal, muitas índias andam com o peito exposto. O animal aqui é você que não consegue elaborar um raciocínio menos raso que este acima…
Eu vou responder de onde vem a questão do seio da mulher, e não o do homem, estar relacionado ao sexo. O ato de amamentar uma criança é até onde eu sei, segundo relatos, bastante prazeroso tanto para a mulher que amamenta quanto para a criança que recebe o alimento. Assim estabelece-se uma relação de prazer neste ato que é repetida no momento do coito. (embora eu não seja nenhuma autoridade no que diz respeito à freud, acho que isso resume a teoria freudeana em relação ao assunto) não estou querendo defender qualquer forma de machismo estou apenas tento apresentar um ponto de vista alternativo. Eu acredito que mostrar os seios no contexto de protesto para causar desconforto é um propósito válido e necessário e que isso possa vir a ser algo natural na sociedade, mas eu mesmo sendo homem não fico sem camisa em público por achar desrespeitoso por que ninguém é obrigado a ver meu corpo seminú se isso pode causar desconforto desnecessário aos outros.
Não sei em qual sociedade a mulher virgem é valorizada. Durante a minha virgindade, era acossada por homens e mulheres com anedotas maldosas e gracejos. Hoje em dia, depois de tanto tempo e uma vida sexual estável, ainda sou alvo de motejos maldosos por me vestir de cima a baixo. E não é por uma ou duas pessoas.
“acossada por homens e mulheres com anedotas maldosas e gracejos”; “motejos maldosos”… Mas em que século você está, Agathe? Por acaso está escrevendo um romance romântico do século passado? huahauhauha
E por que uma mulher virgem deve ser valorizada? Pelo fato de ser virgem? Não concordo… Todos (inclusive animais, de todos os tipos) devem ser respeitados, só pelo fato de terem esse direito!
Todo mundo sabe que a igualdade é algo que precisa ser conquistado, e que essa busca incomoda algumas pessoas. É preciso romper mesmo com todos os comportamentos que historicamente vem prendendo mulheres a condição de submissas. Mostrar os peitos é só um deles. É claro que isso choca, mas é essa a intenção também.
Tenho notado que muitas pessoas não entendem a manifestação e os objetivos da marcha. Muitos vêem o feminismo como uma “briga contra homens”, outros vêem como uma “briga contra os bons costumes”. Bom, até que isso tudo se esclareça, vai um tempo. É normal que muitos não vejam a manifestação com bons olhos… a reflexão só está começando. A boa notícia é que já existem mais pessoas ao menos pensando sobre o assunto.
O peito está ligado ao ato sexual, pq é uma zona sensível.
Existem homens que também sentem prazer ali (talvez não você, colega), mas nem por isso eles vão deixar de tirar a camiseta num dia de calor.
Aliás, erro seu também presumir que as áreas ligadas ao ato sexual são só as que somos ensinadas a cobrir (peitos e área genital).
O pescoço, a boca, as mãos, o couro cabeludo, os braços, as pernas também são áreas em que podemos sentir prazer (provavelmente os machistas de plantão não sabem disso), mas nem por isso temos que tapá-las, não é mesmo?
Meu querido se um dia viajares pra alguma praia espanhola verás que o ato mais comum entre as mulheres é andar com os seis a mostra sem sequer chamarem atenção. Para quem não sabe, existem outros motivos para uma mulher ficar sem blusa do que apenas agradar aos homens. O fim dessa erotização constante dos seios femininos foi justamente um apelo das manifestantes. Só para elas soa absurdo que fotos de mulheres amamentando sejam banidas do Facebook? O tronco dos homens também tem mamilos, não? Não seria mais lógico que o peito masculino, mais do que o das mulheres, que amamentam, fosse assumido como erótico, já que não tem função alguma?
Tu que és um animal.
Nossa! Os misóginos chegam aqui para o festival do senso comum! Este cara parece que nunca sentiu prazer ao ter o mamilo tocado. E ao memso tempo confunde ato sexual com sublimação da amamentação como fonte primeva de alimento. Freud explica a confusão dele!
Excelente que o Tabaré mostre posicionamento em temas dessa grandeza no cenário atual portoalegrense! E parabens ao Alexandre, que escolheu responder ao Mauro, acho importante que comece a aparecer visões menos conservadoras acerca das coisas. É muito curioso que as visões conservadoras tenham essa vontade de comparecer publicamente, não é esperado delas radicalismo suficiente pra aparecer publicamente. No nosso tempo, ser politico é algo muitas vezes mal visto, pra muitos motivo até de vergonha.
Só acho que não poderíamos ficar só no embate. Acho importante mencionar, por exemplo, a participação masculina nessa causa. Como fez muito bem a Nani Rios – colega de “Facool” do Mauro -, com esse texto aqui: http://www.facool.com.br/blog/view/836
Parabens a todos. Curto afu o tabaré.
Beijo nas criança.
Lucas
Parabéns Alexandre por dar uma resposta tão boa! Muito bem escrito!
+1
só li uma coisa no texto: Deixem elas mostrar os peitos.
ahahahahah exatamente….além de muita demagogia e frases prontas
ué…onde? cola aí com aspas e comenta pra embasar teu ponto, como fez o autor na carta resposta. só acusar não adianta, tem que argumentar, meu querido.
E mesmo que pudesse ser só isso, ainda tem que ser escrito né? Porque os animais da vida só querem peitinho duro e bronzeado no carnaval e suas respectivas “senhoras” só não veem escândalo na mesma hora. O resto não pode, né?
muitíssimo bem colocado, Dada! Peitinho de fora fazendo protesto ninguem quer, mas balançando na tv, no carnaval e na sua cama você quer, né?
Então de duas uma, Mariana Silva: ou você é cega, ou você é burra.
Parabéns pelo texto!
Recomendo também: http://ronairocha.wordpress.com/2012/06/03/a-marcha-das-vadias-o-que-uma-crianca-aprende-quando-aprende-a-palavra-mulher/#comment-640
Aff está cada dia pior… por que não saem mostrando a b…
Flavia, tu acha a bunda assim tão imoral que não consegue nem escrever a palavra inteira?
E sobre mostrar ela, isso é o que já acontece todos os dias na televisão aberta. Só que com a postura de agradar aos homens que tão assistindo, ser um objeto sexual submisso a eles, o que com certeza é pior do que mostrar a bunda na rua pra dizer que o corpo é nosso e que a gente é que manda nele, o que bem poderia acontecer.
Adriana e Thalita, acho que ela quis dizer “mostrando a buceta”, não a bunda.
Flavia, pois saiba que há centenas de anos atrás era comum em diversas culturas mulheres marcharem com suas bucetas de fora. Tratava-se de um ritual pela fertilidade meio “senso comum” pelas bandas orientais.
Claro, outros tempos, outras culturas, quando havia uma grande deusa que regia o ciclo de todas as coisas, como hoje ainda há quem acredite em um grande deus regendo este mundinho na periferia do universo.
Então mesmo que fossem bucetas, picas ou seja que parte do corpo for ser exposta: acho importante lembrarmos da pequenês dessa repressão, tão atrelada a valores de uma cultura imperialista e moralista, que se coloca acima das demais.
Lembrando sempre que o fato de EU querer mostrar meus seios, Flavia, não te obriga a mostrar os teus. Sinta-se à vontade a usar sutiãs e só fazer sexo depois de casada ou do terceiro encontro, eu quero trepar antes de terminar a primeira cerveja e entrar no mar só de calcinha. Cada uma na sua e todo mundo feliz.
Me espanta que uma mulher diga uma coisa dessas! Como se a causa também não fosse sua! Como se você também não sofresse com o machismo todos os dias, de não poder sair de casa de short curto sem ouvir um monte de babacas dizendo “gostosa”, “vem com o papai” e coisas do tipo. Talvez você seja daquelas que saem da calça jeans quando está 30º na rua. só pra não passar por esse tipo de coisa e nem perceba que está apenas sendo submissa a uma sociedade machista, não é mesmo? Só porque você nunca sofreu abuso sexual, nega o direito das que sofreram e sofrem todos os dias de se manifestar contra isso? Aliás, querida, não consegue nem dizer a palavra bunda? Aprenda a não ter vergonha da sua sexualidade, pra mim gente reprimida por costumes machistas (como nao falar palavrão ou nada que seja diretamente ligado à sexualidade) não deveria nem estar aqui. Vá se informar um pouco antes de sair por aí falando qualquer merda que aparece na sua cabeça;;
Alexandre, parabéns pelo texto. Quando vi nascer a marcha das vadias, demorei a perceber a dimensão que tomaria este movimento. Mas cada vez que leio um protesto contrário a marcha, e respostas como a tua, confio ainda mais na possibilidade de transformação moral de nossa época. Enfim chegou a hora das vadias! Os(as) machistas podem protestar o quanto quiserem, mas como você bem lembrou, nessa altura, ser chamada de vadia não é mais insulto algum. Hoje posso dizer que vou dormir feliz por ter lido este texto, principalmente por ter sido escrito por um homem.
Abraços,
Leandra
Excelente texto, de uma lucidez vigorosa.
Eu tenho algumas ressalvas em relação a este texto e mesmo em relação à alguns aspectos da marcha das vadias em si. A marcha é um instrumento bem interessante para a reivindicação da igualdade entre os sexos, sem dúvida. Mas uma coisa que não entendo é por que a reivindicação da igualdade entre gêneros deve carregar junto a promoção da liberdade sexual descompromissada, como foi feito na marcha e é defendido nesta carta resposta.
Uma coisa que marcou a marcha e repercutiu bastante é o seguinte argumento: o homem que pega todas e faz o que quiser é o comedor, o bom, o pegador; a mulher que faz o mesmo é chamada de vadia e sofre discriminação. Isso é uma triste verdade que acontece na maioria dos círculos sociais. A forma adotada na marcha para combater essa desigualdade foi a defesa do direito da mulher de fazer o que bem entender com seu corpo – como fazem muitos homens – sem sofrer discriminação, assim como acontece com os homens que tomam o mesmo tipo de atitude. Do ponto de vista da igualdade entre os sexos, isto soa ótimo.
Qual é, no entanto, a outra bandeira que isso carrega? Veja, ao invés de combaterem a idéia estúpida de que um homem que dedica sua vida à perseguição do prazer sexual é “o bom, o pegador”, o autor do texto e muitos dos participantes da marcha optaram por defender a idéia de que a mulher que faz o mesmo também deve ser considerada “a boa”; que sexo é uma coisa banal e sem consequência e fazer sexo onde, quando e com quem e quantos bem entender é sinônimo de uma pessoa bem resolvida e feliz, atual e conectada a seu tempo. Isto pode ser percebido em vários dos cartazes da marcha e em grande parte da repercussão favorável à mesma, incluindo a carta resposta aqui disponibilizada. Essa bandeira, no entanto, não tem nada a ver com a defesa da igualdade igualdade entre sexos, percebem? E discordar dela não tem nada a ver com machismo. É um outro assunto e que suscita outro tipo de reação. Muita gente encara o sexo não como prazer físico pura e simplesmente, mas também como algo que denota envolvimento emocional e afeto, e dessa forma não pode ser banalizado. Isso para homens e mulheres. Alguém que apoia a marcha e a igualdade entre sexos pode ter muitas ressalvas quanto ao conteúdo sexualizante da mesma. Talvez a igualdade entre sexos possa ser buscada através da destruição do conceito de que o homem que pega todas é “o bom”, ao invés da promoção do direito da mulher de ser “a boa” nestas condições. A separação entre as bandeiras da igualdade sexual e a da liberalização do sexo poderia adicionar muito à causa da primeira e remover uma grande parte da resistência, tanto do lado feminino como do masculino.
PONTO!
‘o autor do texto e muitos dos participantes da marcha optaram por defender a idéia de que a mulher que faz o mesmo também deve ser considerada “a boa”; que sexo é uma coisa banal e sem consequência e fazer sexo onde, quando e com quem e quantos bem entender é sinônimo de uma pessoa bem resolvida e feliz, atual e conectada a seu tempo.’
Discordo da sua visão. Li o texto todo três vezes, não há defesa da libertinagem sexual como algo a ser louvado. O contraponto perdido por você é que o sexo é natural e não banal, e que não deveria ter consequências moralizantes, seja para homens e mulheres. poder praticar sua sexualidade sem ser rotulados é o que se busca, e não serem as rainhas comedoras de homens.
Nesse caso, sim, fazer sexo onde, quando e com quem e quantos bem entender é sinônimo de uma pessoa que pode ser livre, bem resolvida e feliz. Como as pessoas saberão como e qual é o ideal de sua sexualidade se estão sempre sendo restringidas por este ou aquele dedo moralizante? O homem para ser respeitado deve transar com toda mulher que quiser transar com ele? A mulher não pode dizer não estando de vestido curto na balada? Não queremos imposições na hora de exercer nossa sexualidade! Não queremos que nos digam que para ser bem resolvido, eu preciso dar “à vonts”. Querer regular sua própria sexualidade de acordo com seus próprios princípios e sentimentos é o que buscamos! E afinal, porque deveria ser diferente? Porque querem os outros dizer como devemos ser e existir? Porque há tanta gente querendo regularizar as transas dos outros, chamando estas de vadias e outras de santas? Aqueles de viadinho e outros de pegadores?
Queremos civilidade na hora de conviver e não implicância e bullying sobre nossas atividades íntimas!!!
Talvez tu esteja certa que o ponto que eu coloquei não esteja explícito no texto. Cabe notar, no entanto, que ele está lá, um pouco no que foi dito e muito no que o autor deixou de comentar na carta resposta, ou seja, na sua escolha de argumentos e questões a serem abordadas.
No mais, eu concordo totalmente com as tuas colocações. Eu só acho que a tua opinião, apesar de representar boa parte dos participantes e críticos da marcha, não representa a de todos. Há uma certa tendência que aponta para a formação de outro tipo de imposição sexual, a de que se o teu “padrão sexual” escolhido não é tão liberalizante tu é careta, submissa e contra a igualdade entre sexos. Isto vai bem contra o que tu quer: a não imposição de padrões de comportamento sexual. No entanto, isto infelizmente esteve presente em muitos cartazes e manifestações pós-marcha.
Giovani, a ideia é que cada um possa fazer quanto sexo queira, muito ou pouco, livremente, sem ser discriminado. Porque isso é assunto de cada um e de ninguém mais. Ninguém tá levantando bandeira de libertinagem, mas de liberdade e de igualdade de julgamento. Aliás, “libertinagem”, nesse mundo em que se quer chegar, seria um termo que não teria porque existir, pelo menos não com o tom pejorativo que carrega hoje.
Então assim: ninguém tá defendendo que necessariamente se deva fazer muito sexo e que quem não o faz muito é careta, mas sim que todo mundo possa fazer sexo livremente, o quanto quiser, sem ser taxado de nada ruim.
E que homens e mulheres sejam (não) julgados de igual pra igual nessas situações.
Na foto que ilustra o texto há uma moça com um cartaz na mão e dizeres escritos em sua barriga: “isto não é sobre sexo, é sobre violência”.
então está aí a resposta pra sua questão sobre a “banalização do sexo” (oh, mulheres devassas, que querem banalizar o romantismo da sociedade patriarcal… esse romantismo que prega que uma boa mulher sabe o lugar coadjuvante que deve ocupar…): isso não é sobre sexo, é sobre violência.
e não é sobre estupro apenas, é sobre outras formas de violência também, inclusive aquelas que acontecem entre casais que se encaixam no ideal romântico assentado no padrão de relacionamento contemporâneo – porque quem lava louça e cuida das crianças é uma questão política, já diriam as teóricas feministas.
Este cartaz que tu citou está bem no espírito da igualdade de sexos. Mas ele não foi o único cartaz da marcha, não é? Basta prestar atenção nos demais e tu vai entender o que eu quis dizer.
Por que você relaciona “romantismo” com “sociedade patricarcal”? Mais que isso, por que você pensa que a opção de alguns – homens e mulheres – por resguardar o sexo como uma forma de demonstrar sentimento e afeto vai na contramão da igualdade entre sexos?
O uso do sexo como uma “ferramenta” para demonstrar afeto, carinho ou amor, ao invés da simples busca de prazer físico, não implica em uma submissão da mulher. Não tem nada a ver com a mulher lavar a louça, cuidar das crianças e ocupar um papel de coadjuvante, usando palavras tuas.
Pela tua resposta me parece que tu entendeu meu comentário como o de um machista que pretende impedir a mulher de realizar sua liberdade sexual. NÂO! Muito pelo contrário. Eu só acho que a luta pela igualdade entre sexos não deve ser acompanhada por um ideário que promova a prática da atividade sexual como o lócus da auto-afirmação do sexo feminino. Em outras palavras, a impressão que certos elementos da marcha deixaram é que se você não quer utilizar seus órgãos genitais para a busca incansável do prazer físico, preferindo na maior parte das vezes aliá-los a uma demonstração de carinho, afeto e amor, você não é a favor da igualdade sexual. Ora, que coisa boba, não? Não se trata de impor que mulheres e homens (sim, porque essa questão vale para ambos sexos) se abstenham de ser livres sexualmente, mas sim de evitar que se propague uma linha de pensamento que diga que mulheres que preferem resguardar sua sexualidade para determinadas ocasiões o fazem necessariamente por submissão. Isto não é verdade.
Claro, essa tal linha de pensamento não está implícita em todos os cartazes, gritos e artigos sobre a marcha, pois não há um corpo teórico uniforme que se extenda a todos os manifestantes/críticos. Você poderia argumentar que tu não pensa desse modo, e eu acreditaria em ti. Mas, querendo ou não, este foi um elemento bastante presente na marcha. O tom de libertação sexual se transforma, em certos momentos, em quase uma nova imposição sexual, só que desta vez para o outro extremo do espectro.
Abraço
A melhor resposta que eu poderia esperar, e o melhor de tudo, vindo de uma mulher, parabéns, tirou as palavras da minha boca!
Giovani, pelo que eu compreendi, a tua critica é sobre a forma como a sociedade em geral lida atualmente com as relações sexuais, ao status social que é atrelado ao sexo hoje em dia. É isso mesmo?
Entendi que a tua critica se refere ao fato de a relação sexual, nos dias de hoje, ao invés de ser concebida como um envolvimento íntimo entre dois ou mais corpos é percebida muitas vezes como relação de uso, de consumo, “pegar e não apegar”, “eu te uso e você me usa”.
A questão é mais embaixo: os problemas do nosso atual modelo de sociedade estão evidentes por todos os lados: meio ambiental, social, econômico, psicológico, cultural, geográfico, não interessa qual ciência ou perspectiva a ser pensada, a constatação é a mesma: precisamos mudar.
Acredito que o movimento feminista e ambientalista/ecológico são os mais potentes agentes/catalisadores dessa ânsia de mudança no momento, e vejo uma direção ou conduta comum entre eles: ambos combatem uma mentalidade sectarista, que divide, que isola e oprime uma das partes isoladas. Essa mentalidade, esse paradigma, essa forma de perceber o mundo que deve cair.
Se eu estiver te compreendendo corretamente, devo dizer que a mesma “não clareza” que tu apostaste no texto do Alexandre, também está presente no teu comentário. Foi preciso ler e reler e pensar e ler de novo as tuas respostas para que eu entendesse as coisas como entendi e então respondesse o que eu pensava.
…Mas se não era disso que tu falavas e eu, bem, viajei legal… É que é feriado hoje, eu comi muito queijo ontem de noite. Essas coisas.
Abraços!
Amigo(a), belas palavras, mas isso jamais funcionaria na prática.
Sabe por que? Porque mulher tem nojo de homem virgem, kkkkk.
Assim como os homens preferem as virgens, as mulheres preferem os poderosos, comedores, bandidos(que emanam poder, que sejam temidos), e outros.
No mundo igualitário ideal para as mulheres, sempre será todo mundo livre pra transar à vontade (mas na prática, a maioria dos machos-beta ficaria na secura, pois as mulheres todas transariam e dariam filhos sempre para os machos alfa, que são percentualmente poucos na população masculina.)
Por esse motivo, você jamais, repito, jamais verá uma feminista lutando para diminuir a promiscuidade, tanto masculina como feminina, mas sim para que todos sejam promíscuos.
Abraços!
É válida toda a forma de protesto, no entanto em um país onde temos quase 75% de católicos (e quando falamos em catolicismo estamos falando de toda aquela bagagem conservadora que a religião traz) temos que compreender o preconceito e o impacto desta manifestação nas cabeças mais conservadoras. Reflito se o movimento faria sentido em um país de ateus como a Suécia, Republica Tcheca ou até mesmo Holanda, que lida com a sexualidade de forma evoluída e natural há alguns anos. O problema da sexualidade no Brasil esta intimamente ligado a importância dada a religião neste que é o país mais católico do mundo. Certamente já rompemos alguns preconceitos, mas ainda levamos mais pessoas as procissões de Nossa Senhora do Caravaggio, Nossa Senhora Aparecida, e outras santas virgens por aí. A opinião do Mauro reflete exatamente o pensamento mainstream, não é errado, é somente um ponto de vista (o da maioria talvez). Assim como o teu texto, é o teu ponto de vista, mas não é necessariamente o certo, eu simpatizo mais com o teu ponto de vista, mas não da pra esquecer que a sociedade de um país é o retrato de sua história.
Muito bom! A maioria das críticas à Marcha vem de total desconhecimento do sentido da manifestação. Em nenhum momento a Marcha “glamouriza” ou faz panfletagem ao “modo vadia de ser” ou a qualquer outro modo de ser, como foi argumentado por algumas pessoas. Em primeiro lugar, uma das intenções é justamente descarregar o termo ‘vadia’ de um sentido pejorativo. A manifestação não defende ou santifica nenhum tipo de comportamento pela mulher, simplesmente defende a LIBERDADE de escolher esse comportamento. De ser “vadia” se quiser, ou “santa” se quiser. Muito bem defendido em vários cartazes: “Nem santa, nem puta: livre”. Em segundo lugar, NENHUMA apologia à chamada “putaria” é feita. Li coisas absurdas a respeito do cartaz “Danço funk sem calcinha e a buceta continua sendo minha” – para qualquer pessoa com bom senso e capacidade de interpretação a intenção da frase é muito clara: dizer que a mulher tem a ESCOLHA e a LIBERDADE de fazer isso, sem ter que “arcar com as consequências” ou ser responsabilizada por um comportamento inadequado da parte de um homem. É o sentido original e principal da Marcha: não é a “roupa” ou os “modos” da mulher que incentivam ou incitam um estupro, a responsabilidade é total e completa do estuprador. Não é apologia à “putaria”. Mas é claro que os moralistas de plantão, carregados de preconceito, deturparam toda e qualquer frase e intenção das manifestantes. Minha sobrinha pequena foi na Marcha e tenho muito orgulho de dizer que espero que quando ela cresça ela entenda que tem o direito de escolha a qualquer tipo de comportamento que preferir. Os peitos de fora na Marcha eram completamente destituídos de malícia, bem diferente do que é visto diariamente em TV aberta. Ela viu ESSES peitos e encarou com naturalidade, porque É ASSIM que isso tem que ser encarado. A questão da nudez ser tabu pra mulher e não pro homem não é pq peitos femininos são “algo diretamente ligado ao ato sexual” como foi dito acima. Qualquer tipo de tabu ou comportamento que seja desprezado é uma criação social. Nossos conceitos de certo e errado são todos criações sociais. Nesse caso, de uma sociedade machista e moralista.
E pros que dizem que feminismo é tão ruim quanto machismo, entendam que é necessário fazer uso de mecanismos desiguais JUSTAMENTE pra alcançar a igualdade. Não se coloca em pé de igualdade quem ainda não é encarado como igual por uma sociedade. Mesmo argumentozinho de quem defende “dia do orgulho hetero”, como se os heterossexuais precisassem fazer uso desses mecanismos porque não tem todos os direitos do mundo e sofrem discriminação.
As pessoas não entendem nada. Parabéns pelo texto!
Alexandre ganhou mais um ponto comigo! :))
Agora, imploro pro Daniel Vidal ali em cima, uma explicação do porque o peito da mulher é diretamente ligado ao sexo, e o do homem não.
só consigo imaginar que tu pensa isso, porque nenhuma mulher ou homem, pegou no teu peito, mordeu, beijou, acariciou. porque tenho certeza que ambos os sexos sentem prazer no peito. é uma área sensível e [extremamente] excitante. vai por mim, meu ex adorava! ;))
e a questão da virgindade… tu vive em que século, meu querido? faz quanto mili-anos que não existe mais isso de “mulher virgem é mulher decente”? poupe-nos de tanta caretice e imaturidade. e dos homens serem “fracassados” é uma briga interna do mundo masculino, ok? vocês que criam brincadeiras e competições infantis de quem tem o pênis maior, quem já comeu mais numa noite só…vocês que se entendam. porque nós mulheres sabemos que tamanho não importa ;))
basta de Tabu’s.
O problema dessa marcha foi o foco que foi dado, se o foco fosse igualdade entre os sexos, tudo bem, mas o que aconteceu foi um protesto para a desbanalização do sexo, e de forma realmente vulgar, com cartazes do tipo “A buceta minha e eu dou pra quem eu quisser”, quanto a valorização da mulher virgem, isso era mais comum antigamente porque existia mais mulheres que se resguardavam, o que hoje em dia, justamente por causa dessa desbanalização já é raro de encontrar, e mesmo nos dias de hoje é valorizado sim uma mulher virgem, afinal de contas nimguem vai querer se casar com uma mulher que dava pra qualque um, assim como a mulher deveria se valorizar e não aceitar um homem que comia qualquer uma. essa é a questão.
Se existe homens que se acham os comedor é problema deles, agora querer reivindicar o direito de ser a vadia que dá pra quem quisser é demais.
“agora querer reivindicar o direito de ser a vadia que dá pra quem quisser é demais.”
mulher!! quem você acha que é pra decidir com quem vai trepar? ah, isso é demais, isso é demais… onde já se viu?!?
mulher!! quem você acha é pra decidir sobre seu próprio corpo? ahh, isso é demais, isso é demais…
mulher!! quem você acha que é pra decidir sobre sua própria vida?? ahhh, isso é demais, isso é demais…
mulher!! quem você acha que é pra decidir sobre seu rumo? ahhh, isso é demais, isso é demais…
mulher!! quem você acha que é pra respirar sem pedir permissão pra um homem? ahhh, isso é demais, isso é demais…
“mulher!! quem você acha que é pra decidir com quem vai trepar? ah, isso é demais, isso é demais… onde já se viu?!?”
Decidir com quem vai trepar, isso sempre fizeram tanto que a maioria dá pra qualquer um aí, mas querer sair nas ruas com cartazes vulgares desbanalizando o sexo, isso sim é demais.
Qué dá pra quem quisser, pode dar, sempre deram, só é desnecessário essa marcha a favor do sexo casual, isso é uma coisa pessoal que faz quem quer.
Só que se for desvalorizada depois, não adianta chorar o leite derramado. isso é uma realidade.
Bryan, tu leu direitinho o texto? Conseguiu entender tudo?
“só é desnecessário essa marcha a favor do sexo casual, isso é uma coisa pessoal que faz quem quer. Só que se for desvalorizada depois, não adianta chorar o leite derramado. isso é uma realidade.”
Que isso é uma realidade, a gente sabe. Mas tu acha isso certo? Se sim, pode nos explicar as tuas razões?
Gê
E você acha certo, chamar homem de galinha por ele transar com várias?
Isso é uma coisa que faz quem quer, a mulher acha que se desvalorizando assim como o homem faz, vai ter igualdade?? Só que acaba sendo um tiro no pé!
O que a mulher deveria fazer é se valorizar mais e não querer se igualar aos homens que elas tanto falam mal.
Eu não entendo muito bem como pessoas que estudam Foucault, Guattari, e outros tantos por aí.. pessoas que estudam pessoas e sociedade, tem a cara de pau de dizer que “a culpa é 100% do estuprador, a mulher não tem nada a ver com isso”. Olha só, uma coisa é dizer que a culpa não é da mulher (enquanto vítima), a outra é dizer que a culpa é 100% do estuprador. Teríamos que discutir que mecanismos (do qual a mulher, desde sempre faz parte) que fazem o homem achar que isso é certo. Ex: Desde cedo é cobrado do menino que seja mais forte, mais rápido, que vença, que domine, etc. O homem tem que estar sempre pronto para o sexo, se não ele é meio estranho… Depois que o cara aprende isso ele é um machista, um doente mental, uma tarado, ou outros tantos nomes que circulam por aí. De maneira nenhuma isso é defender o estuprador nem os machos alfa que aí estão, da mesma forma como não dá pra defender as vadias que querem se desresponsabilizar pelo mundo ao seu redor. Poderíamos pedir então, para que as meninas, mulheres, não cobrem dos meninos desde cedo, que sejam atléticos, corajosos, audaciosos, que tomem sempre a atitude, estejam com o pau sempre a postos e outras tantas cobranças. Acho que tá certo lutar por mais liberdade para a mulher, mas daí a lutar que a mulher não tem nada a ver com isso, é dizer que a mulher é mesmo um ser passivo que não constrói a sociedade, ou dizer que é as causas disso tudo são biológicas.
Fica aí uma vontade que no próximo ano a marcha consiga aprofundar suas análises, que cresça. Que possamos dizer “estupro! todos nós temos culpa”, para podermos sair da lógica da “minha calcinha”
Eu poderia concordar com você não fosse o fato de que na grande maioria das vezes, na minha experiência, quem incute nos filhos a cultura do macho é o pai e não a mãe. PAIS são responsáveis e devem os dois conscientizarem-se de que os filhos devem se desenvolver sem doutrinas “de cima para baixo”, porém, quem domina as relações, quem lidera, quem usurpou a igualdade de direitos e tratamento, quem oprime, quem “manda”, quem dá a palavra final, é e foi sempre o homem. Pobre da mãe que procurasse dar liberdade para os filhos. Ou estou com uma visão histórica distorcida?
Se hoje há homens com noção, se hoje há Marcha, se hoje você escreve este texto é porque houve mães que lutaram para que isso pudesse acontecer, muito mais do que por pais que se conscientizaram. Acho que já basta de pedir às mulheres para mudar os homens. Acho que está bem na hora mesmo de pedir aos homens que se responsabilizem. Não somos mães o tempo todo, a vida toda, não nos peça para sermos aquelas que são únicas responsáveis pela educação. Homens, tomem responsabilidade por sua educação! E pela criação de seus filhos como seres humanos! Não, não são as mães as grandes responsáveis! E é vergonhoso ver que mais uma vez colocam a culpa na mulher!
Eu não coloquei a culpa nas mães. Nem joguei nada para as mulheres. Só acho que deu de coitadismo. Estamos todos fazendo gênero o tempo todo. Terminei minha fala com “estupro, todos nós temos culpa” falei mais da mulher para que se perceba que não existe como dizer que a culpa é dos homens, como é propagado por muitas pessoas. Para mudar essa lógica da mãe como grande responsável pelo filho, que tu citastes poderia-se lutar para que o pai também tenha direito a 6 meses de licença quando o filho nascer. Que se consiga conceber que homens podem dar aula em escolas infantis, sem ser um estuprador em potencial, etc.Hoje em dia temos direitos desiguais para um lado e práticas desiguais para outro, mas o homem também é muito prejudicado por isso tudo… é um campo muito mais complicado do que pode parecer a primeira vista.
Eu como mulher, e futura mãe, concordo contigo michel. Acho que as mulheres são sim responsáveis por muitas coisas, e sim muitas vezes ruim! Um filho é gerado pelos pais, se é a mães que cuidam de tudo, é por que não foram inteligentes o bastante ou quiseram toda essa responsabilidade para sí, por talvez tradição, mas isso não é regra, não da pra culpar o homem nisso, muitas famílias(pai, mãe, filhos) por ai lidam com todas as responsabilidades dentro de casa, a criança precisa dos dois juntos e unidos para se ter uma boa base!! Essa guerra de gênero de gente adulta é o que mais me revolta, não temos que brigar quem eh o melhor, quem faz mais coisa.. um homem pode ser pai e mãe como a mulher também pode. Aquela frase de eu não vim da sua costela, vc que veio do meu ventre, foi ridiculo, como que tu ausenta o pai? como que tu dá a luz dentro do teu ventre, sem o sêmen do homem? se essa marcha é para criar uma guerra entre homens e mulheres, ao invés de criar respeito entre os sexos, tantos os dois por que mulher também estrupa (isso a marcha não fala né??)Eu sou contra. Por que é somente isso que eu vejo, com esse comentário por exemplo da Dada banindo o homem. A pessoa se sente ofendida quando se faz jus a ela, Quantas famílias eu conheço que é a mãe a ditadora em casa? que eh ela quem tira a LIBERDADE? que ela quem bate e manda no marido? muitas.. então Dada a sua regra de que pais homens é quem são os chefões está errada! Alias, não era pra ninguém viver desse jeito e ACEITAR alguém assim do seu lado! Igualdade feminina? olha que eu saiba, como mulher, se tem mais a ganhar do que o homem… quem deveria reclamar de algo, eram eles!!
Dada, perceba que o simples fato de uma mãe cobrar ajuda da filha para guardar a louça e não exigir o mesmo do seu filho já colabora com a formação de uma hierarquia na casa, no momento que essa divisão de trabalhos baseada no sexo do indivíduo, na nossa sociedade, é colocada de maneira que o trabalho doméstico é desqualificado (e desqualificante) a ponto de ser invisibilizado. São as mais sutis atitudes, não só do pai ou da mãe, mas de todas as pessoas que cercam essa criança ao longo de sua formação como pessoa que influenciam. Por isso é tão certo o jargão “seja a mudança que você quer ver no mundo”.
E Michel… me admira alguém que cita Focault e seus amigos com tamanha intimidade e certeza falar de mudanças como se elas acontecessem de uma marcha para a outra. Muitos sutiãs precisaram ser queimados para que hoje as coisas sejam um pouco diferentes. Nessa Marcha, cuecas também foram queimadas, sabia? Também idealizo um mundo com licença maternidade também para os pais, um mundo onde homens também choram e se emocionam com filmes ou livros, dançam e têm suas variações de humor, causados por sonhos ou pela lua.
Abraços.
Michel, concordo contigo que homens deveriam ter licança-paternidade entre outras coisas que escreveu, mas você passou seu comentário todo falando das mulheres, coisas como “Poderíamos pedir então, para que as meninas, mulheres, não cobrem dos meninos desde cedo, que sejam atléticos, corajosos, audaciosos, que tomem sempre a atitude, estejam com o pau sempre a postos e outras tantas cobranças.” e por isso tive que responder. Você termina sua frase com “nós”, mas começa com “poderíamos pedir às mulheres que não cobrem dos meninos”. Isso é se ausentar de não pedirmos todos nós que não cobrem. Você emblema culpa na mulher com essa frase, mesmo que não tenha sido intencional…
Elen, quando tu fala em “regra” já tá distorcendo tudo. E me desculpa, mas se mulher realmente mandasse, não estaríamos aqui deste jeito. Sim, existem exemplares de comportamento opressivo na ala feminina também, como seria natural de se esperar, mas com o perdão da palavra, você dizer que “se é a mães que cuidam de tudo, é por que não foram inteligentes o bastante ou quiseram toda essa responsabilidade para sí” é um exemplo claro de que você não conhece a realidade. É muita ingenuidade, para não dizer alienação. É seu ponto de vista e sendo ele para mim muito limitado, não posso nem me estender.
Carmélia, porque será que as mães não pedem aos filhos para ajudar? Eu já vi mãe impedindo o filho de tirar a mesa, mas certamente não foi porque ela não queria ajuda… será que no meio do mato, sem ninguém a quem mostrar uma imagem social essa mãe iria pedir ajuda do filho?
Vocês falam como se as mulheres fossem livres para pensar e decidir e não são. Não preciso vir aqui e apontar para os maiores líderes de qualquer área para vocês notarem que são todos homens. Política, Religião, Academia! Abram os olhos, as coisas vem de cima para baixo e elas cheiram a testosterona. Não, as mulheres não ensinam sesu filhos, elas os doutrinam, conforme as regras de outros…
Quando fazem alguma marcha pela educação, pelo direito ao emprego que todo cidadão tem, não tem tanta repercussão nem tantas pessoas presentes, olha nada contra mostrar os peitos, pq isso a gente ve diariamente na TV, nas revistas e até nos site de fofoca, a maioria das mulheres gostam mesmo de aparecer e mostrar e de preferencia serem pagas por isso, a maioria das mulheres que são abusadas são de classe social baixa, canso de ver meninas no T6 (ônibus transversal que atravessa a cidade e vem de bairro pobre) com meninas de 11 ou 12 anos vestidas com shortinhos, mini blusa, ouvindo funk putaria bem alto, aí um pedreiro sem educação nenhuma (nada contra os pedreiros, é so um exemplo) vai e acha q a tal menina ta dando mole, acontece o abuso. O que falta é EDUCAÇÃO para perceberem que machismo é coisa do passado, as mulheres já estao no mercado de trabalho, são maioria nas faculdades tanto publicas quanto privadas, agora desfilar com roupa de baixo uma vez por ano vai adiantar algo? eu deveria ter saído com minha cinta liga então, ia ser lindo, eu ia parar o transito!! Ah os homens que se sentem mal tratados podem sai de cuecas a vontade que eu não vou atacar os feios, ok!
Até a droga do comportamento que eles chamam de comportamento e vestimentas de vadias são implementadas pelos homens!
O vídeo deste programa ilustra bem uma realidade que vivemos:
http://www.sbt.com.br/esquadraodamoda/episodios/?c=24709
Machismo é coisa do passado? Querida, onde você mora, que eu quero ir morar aí também. Me manda um cartão postal desse lugar maravilhoso onde o machismo não existe mais. Porque eu ligo a TV, eu saio na rua, eu vou pra aula e o machismo está em todo o lugar.
E se fosse assim como você está dizendo, então os homens deviam estar felizes da vida de um monte de mulher saindo na rua de peito de fora. Mas o mesmo pedreiro que assovia pra menina de shortinho se sente ofendido com a Marcha das Vadias. Uma coisa é a nudez das revistas Playboy, que só servem para objetificar a mulher. Outra coisa é sair na rua, mostrar os peitos que os peitos são parte do nosso corpo e não tem porque escondê-los como se eles servissem apenas para o prazer do homem.
E ponto final. Assinado embaixo.
Já cheguei a conclusão de que só quem compreende o sentido desta Marcha são pessoas inteligentes, esclarecidas e com excelente capacidade INTERPRETAÇÃO! E era isso…
Não, Laura. Não era isso! As pessoas que entendem a marcha podem explicar pras pessoas que não entendem o sentido dela. Se não não adianta de nada e o machismo vai continuar por aí se propagando..comunicar pra quem já entendeu não leva a nada.
“O homem que transa com um monte de mulher é comedor, bonzão. A mulher que faz a mesma coisa é uma puta que não se dá ao respeito.”
MAS É LÓGICO. Ou qualquer homem que quiser sair comendo mulher por aí consegue? E as mulheres, se quiserem sair dando por aí, algum homem vai se negar em comer??? Me respondam, feministas. Ou será que na mente fantasiosa de vocês, não há diferença???
O teu GRANDE argumento, REALMENTE, vai ser esse?
Charlie, o fato das mulheres serem mais recatadas sexualmente que os homens vem justamente dessa mentalidade machista que prega que a mulher deve ser casta, pura e que o homem deve ser um macho garanhão.
Tu usou uma consequência do problema como causa dele, sacou?
A Marcha das Vadias foi criada em abril de 2011 em Toronto, no Canadá, e desde então tornou-se um movimento internacional realizado por diversas pessoas em todo o mundo. A Marcha das Vadias protesta contra a crença de que as mulheres que são vítimas de estupro pediram isso devido as suas vestimentas. Em janeiro de 2011, ocorreram diversos casos de abuso sexual em mulheres na Universidade de Toronto. Então o policial Michael Sanguinetti fez uma observação para que “as mulheres evitassem se vestirem como vadias, para não serem vítimas”. O primeiro protesto contra sua observação medíocre levou 3000 pessoas às ruas de Toronto. Desde então, diversos países aderiram à causa, inclusive o Brasil, que teve sua primeira Marcha das Vadias em São Paulo em 4 de junho de 2011.
A luta que vejo aqui e o motivo pelo qual apoio a marcha é, justamente, a justificativa imbecíl de homens de mente pervertida para poderem estuprar e não pagarem por isso. “Ai, eu estuprei porque ela me deu mole”, “eu estuprei porque ela tava usando uma blusinha coladinha e uma sainha curta”. Pelo amor de Deus!!!! Quem não percebe isso ou é ignorante demais pra entender, ou compactua com estes estupradores!!! Ninguém, eu disse NINGUÉM, tem o direito de tocar no corpo de uma mulher sem que ela tenha disso sim! Não importa a roupa que ela usa ou a forma com que se comporta. Ao meu ver, os homens que SÓ pensam com a cabeça de baixo e se comportam sim como animais é que não conseguem controlar seus instintos. Estão fora das regras sociais e deveriam ser internados! O ato de mostrar os seios na marcha é uma forma de protesto e não uma forma de se mostrar ou querer ser estuprada! Eu não mostro meus seios na marcha porque não quero, mas quem sou eu para julgar o ato das outras pessoas? Se essas mulheres (que resolveram mostrar os seios) acreditam que isso será uma forma de chocar mais, de chamar a atenção para o problema, de reivindicar o direito de fazerem o que querem de seus corpos sem serem estupradas, quem sou eu ou quem é VOCÊ para julgá-las???? Cada um luta com as armas que tem. Se você tem medo de ver seios, se isso te choca mais do que saber dos milhares de estupros que acontecem todo dia, fique em casa e não encha o saco!!! Mas não julgue! Quando você aponta um dedo para alguém, tem quatro apontando pra você! É isso, meu desabafo!
Cara Juliana. Protestar contra estupro é o mesmo que “marchar pela paz”. Você acha os estuprador tá CAGANDO pras mulheres e pras marchas delas? Vão protestar na frente do congresso pra mudar o código penal para que esse e outros crimes tão graves quanto, sejam adequadamente punidos. Vá protestar para que haja mais educação, vá protestar para que pais e mães criem direito seus filhos e assim os nossos descendentes sejam pessoas de melhor índole evitando esse tipo de crime. Mostrar a porra das tetas em público não vai mudar bosta nenhuma, essas pessoas mulheres não deixarão de ser rotuladas de putas, e os estupros não deixarão de acontecer, pois como eu disse estupradores, pedófilos, sequestradores e homicidas estão CAGANDO pra protestinho.
Carlos, acho que tu precisa ler o texto de novo, com mais calma. Faz isso, de verdade. Depois tenta perceber que “protestar para que haja mais educação, para que pais e mães criem direito seus filhos” é a ideia da marcha. Mais respeito com as mulheres e menos perpetuação de ideias machistas não vem exatamente disso? E “mostrar as porras das tetas em público” é uma postura coerente e pode mudar algo sim. Dá uma lida no parágrafo que fica logo acima da foto ali no texto pra ver se tu não entende um pouco melhor essa questão. beijo!
Correção: * Você acha que os estupradores estão …
Parabéns pela coerência, clareza e principalmente pela paciência por tentar fazer com que pessoas ignorantes compreendam o sentido da marcha.
Pedir pra pagar o mesmo preço que um homem paga pra entrar numa festa não vi nenhuma “vadia” fazer…
Um detalhe que parece pequeno mas que faz toda a diferença na hora de bater no peito e falar que quer direitos iguais. Só pagamos menos para entrar numa festa para chamar mais homens, para sermos usadas como objeto sexual.
Mas como o bolso pesa mais do que nossos princípios ficamos bem quietinhas no nosso canto quando é esse o assunto.
Acho que pagar menos pra entrar numa festa é o momento em que uma mulher recebe uma regalia. É natural que numa sociedade que oferece muito mais regalias morais pra um homem do que pra uma mulher, as mulheres aceitem de bom tom quando recebem uma regalia material. Não que isso esteja certo, mas também não dá pra crucificar e julgar isso uma hipocrisia absurda que invalida qualquer movimentação anti-machista.
Que alívio ter lido esse texto! Obrigada por mostrar, ponto por ponto, como o texto do Mauro foi preconceituoso.
Vocês negam os fatos escandalosamente somente para poderem defender a idéia doente e inútil da mulher poder andar com os seios. A maioria das mulheres nem quer isso. É a mesma coisa que eu andar com o pênis pra fora, doentes. Mulher andar com o seio pra fora é INVIÁVEL, DOENTE, FORA DE QUALQUER POSSIBILIDADE na nossa sociedade. SIM, na nossa sociedadem E NÃO NAS INDIGENAS, É SIM INVIÁVEL E SIM, ESTÁ CORRETO SER INVIÁVEL E PROIBIDO. Vocês querem comparar a sociedade ocidental moderna com a indígena? Homens indígenas também andavam de pênis de fora. E ai?? Malucos mentais. Seios femininos são SIM estimulantes sexuais.
Enquanto ao “mulher virgem valorizada e homem virgem fracassado” PORQUE OMITIRAM ISSO DA MARCHA? PORQUE SÓ COLOCAM O QUE LHES INTERESSA? IMUNDOS.
Desculpe, nas sociedades MAIS modernas e civilizadas que a nossa, tipo, NA INGLATERRA E NA HOLANDA, mulheres fazem topless nos PARQUES DAS CIDADES, e ninguém se escandaliza. Por quê? Porque a indecência está NA MENTE DE QUEM VÊ!
pq aqui é o BRASIIL, que mostrar peitos vai pra la!! ta infeliz aqui, demoro pra compra passagem querida!! podiam usar mais a cabeça do que o corpo!! não eh que sentimos os nosso seios feios!!! eu uso decotes! mas não preciso e não tenho porque mostrar eles dessa forma!! o que precisamos é EDUCAÇÃO, e não mais exploração visual, como ja tem muito por ai! não é ignorancia, é uma visão tanto de mulheres como de homens olhando de fora!!! mostram isso de outra maneira pq as pessoas estão estendendo errado!! e essas. digo de 1000 (leigos) pra 1 (da marcha).
Gostaria de ver mulheres fazendo passeata para participar do serviço militar obrigatório, pela aposentadoria mais tardia (afinal, mulheres vivem em média mais q os homens, pq elas se aposentam antes?), pelo fim do “dia mundial da mulher”. Queria ver mulheres lutarem para serem como uma Joana D’Arc, uma Anita Garibaldi, uma Margaret Thatcher, uma Hillary Clinton… não serem um bando de Valesca Popozuda, Mulher Fruta ou Tati Quebra-Barraco, vó aos 30 anos.
tu tá tentando argumentar que a vida de um homem é mais difícil que de uma mulher, carlos?
tomara que não, mas de qualquer maneira acho que as mulheres aceitariam todas essas mudanças que tu propôs se elas viessem acompanhadas de uma verdadeira igualdade de tratamento entre os dois sexos em TODOS os âmbitos.
Eis um belo exemplo de como as reformas na educação brasileira estão indo para uma direção linda e da importância da implementação do estudo das ciências sociais a nível escolar: Daniel Vidal, Carlos, Elen e Eva, vocês algum dia na vida já ouviram a palavra “etnocentrismo”? Porque ela resume o argumento de vocês, independente do posicionamento.
Daniel Vidal, no território demarcado como brasileiro vivem hoje mais de 240 etnias diferentes, são faladas entre 250 e 300 línguas além do português oficial. Somente no estado do RS e falando apenas da etnia Kaigang (uma das quatro presentes no estado) temos mais de 30.000 viventes. São brasileiros como tu, só não digo que tem os mesmos direitos porque seria mentira, visto que o tratamento dado ao cidadão indígena brasileiro é bizarro – e não vem ao caso no momento.
É mesmo inviável pensar na possibilidade de uma mulher andar de seios de fora na nossa sociedade, bem como um homem andar de pênis a mostra, mas comparar os dois órgãos, como já foi ilustrado por muuuita gente nessa página, não é válido. E Eva, Inglaterra e Holanda têm também seus pós e contras, talvez estejam mais “avançadas” nesse aspecto, mas a maldade está nos olhos de quem vê, bem como o progressismo. Nesse aspecto particular do corpo, eu diria que se hoje uma parcela dos brasileiros – a maior delas – está “atrasado”, é porque europeus no passado NOS atrasaram, visto que os povos ameríndios, que originalmente ocupavam este território, lidam de uma maneira muito diferente com o corpo.
Elen, usar o corpo é usar a cabeça. Somos um ser inteiro. Só teremos liberdade de pensamento quando tivermos liberdade corporal. Quanto mais eu penso, quanto mais eu estudo, mais eu percebo isso. Concordo que o precisamos é de educação, mas não a educação dogmática e limitadora que é praticada hoje em muitas escolas, e sim uma nova escola, que eu gosto de tentar espiar no horizonte, aos moldes do relatório da UNESCO (busque por “4 pilares”, “UNESCO”, “Aprender a ser, viver, conviver”, provavelmente já aparece alguma coisa).
Carlos, que tal propor uma passeata pela NÃO OBRIGATORIEDADE DE SERVIÇO MILITAR MASCULINO? Que tal uma passeata pela NÃO OBRIGATORIEDADE DO TRABALHO PARA TERMOS O DIREITO DE VIVER TRANQUILAMENTE? Esse sistema que impõe a guerra e gera uma parcela de desempregados e esfomeados para se manter que é uma bosta, não a Valesca Popozuda cantando “A porra da buceta é minha”.
Bom texto!
“dos homens virgem serem “fracassados” é uma briga interna do mundo masculino, ok? ”
Claro, como com as mulheres, onde elas próprias se acusam de putas.
Mas dai vocês não contam, não é mesmo?
A gente conta sim. Tem muita mulher machista por aí, ninguém se engana a respeito disso e o texto do Alexandre fala sobre isso tb. Pra elas serve tudo o que está sendo dito, tim tim por tim tim. Ninguém tá criticando os homens aqui, mas o machismo.
Já cheguei a conclusão de que só quem compreende o sentido desta Marcha são pessoas inteligentes, esclarecidas e com excelente capacidade INTERPRETAÇÃO! E era isso…
Pobre Alexandre!
Simone de Beauvoir, Hanah Arendt e tantas mais nao precisaram mostrar os peitos ser livres!
Que as mocinhas do século XXI descubram que para ser livre nao basta mostrar o corpo, é preciso exibir o cérebro.
Quanto a Lady Godiva tupiniquim, mostrou os peitos, mas cobriu o rosto.A incoerência da moça faz parte da incoerência da passeata.
Só para lembrar Sartre: Estamos condenados a ser livres. Resta saber quantas delas saberão diferenciar entre essa, e aquela, a libertinagem , gratuita e vã, que nao torna ninguem livre de seus próprios equívocos.
Rosana
Como disse uma “feminista” ali em cima defendendo a marcha:
CADA UM LUTA COM AS ARMAS QUE TEM…
Caramba, como estudam essas pessoas, ein? Deusmelivre, se isso é ser inteligente eu prefiro morrer burro como sou.
Ainda bem que tem meninas e mulheres aí para lembrar que mulher não é MESMO só bunda e peito.
Grato pelo clarão de bom senso, Rosana. Muito grato. Esse papinho raso de pseudo-revolucionário me cansa muito. Outra coisa que me cansa é essa crítica ferrenha e irrefletida ao que chamam de “moral e bons costumes”. Gostaria que ele definisse esse termo pra mim.
Diego, sabe aquela punhetinha que tu tanto gosta de tocar no banho ou debaixo das cobertas? Ela é condenada pela moral cristã, que é mãe da moral e dos bons costumes. Sabe aquela vontade de dar uma comidinha na tua prima de segundo grau, ou mesmo aquela vontade de peidar alto quando tem alguém por perto? Meu deus do céu, a moral e os bons costumes não aprovam isso de jeito nenhum! Se por acaso um dia tu sentir vontade de beijar um outro rapaz, sabe porque tu provavelmente não vai conseguir admitir isso nem pra ti mesmo? Por causa dele sim, por causa do moralismo! Conseguiu entender mais ou menos do que se trata?
“nós próprias nos acusamos de putas” ?
oi?
de novo lhe pergunto: em que mundo tu vive?
tu não tá sabendo argumentar, e no meu ponto de vista, não sabe nem do que se trata realmente isso tudo.
É só sua amiga olhar para seu namorado que vc se valerá dessa palavra para desqualifica-la.To errado?
olhar? não. está errado.
traição sim. óbvio.
mas aí estamos entrando em outra conversa, outro patamar.
não vamos misturar os assuntos.
Desculpe entrar no mérito da questão mas se A Manuela Mendes concorda com a proposta da passeata isso inclui que a mulher, como dona de seu próprio corpo, tem a liberdade, inclusive ,para trair, sem que carregue qualquer desqualificação.Ou seja, apelar para um adjetivo perjorativo sexual (puta) como valoração de caráter está absolutamente fora de questão.Correto? é preciso ser coerente, Manuela, ou você se tornará uma especialista em causas e respostas relativas, o que é pior que nao defender causa nenhuma.Se sua amiga traí-la com seu namorado você deve levar em conta a liberdade que vc e a passeata defendem – viu como as coisas não são tão simples como parecem?
Parabéns ao autor…belo texto
Entre os diversos significados da palavra *vadia* consta aquele que define uma mulher desocupada,relaxada, tipo aquela que empurra o prato para mãe lavar, lava a calcinha e pendura no chuveiro, tem o quarto na maior bagunça.Quanto a sua conotação sexual é irrelevante para uma mulher que quer ser reconhecida como livre.Muito barulho por nada, garotas.Desde as primeiras feministas que queimaram o sutien na década de 60, a pílula veio para facilitar as suas e as nossas noitadas.Vocês são ótimas.Há apenas um equívoco: Não queremos prender vocês, é cada um para um lado no dia seguinte.Quanto a poder deixar os seios à mostra, confesso, curto mais aqueles insinuados numa roupa com muita classe.Mas por mim tá tudo bem.Será que nós também ficariamos mais engajados se deixássemos nosso pênis à mostra?
Carpe diem meninas.
Já que é pra desbanalizar, vamos protestar a favor do sexo na rua, em praças e parques, porque a indecência esta na mente de quem vê nao é? e o sexo é uma coisa natural, assim como os sesios de uma mulher.
quem disse que é pra DESbanalizar?
Reblogged this on Beto Bertagna a 24 quadros.
Mano, qual que é desse lance dos peitos? Por que bater tanto nessa tecla? Sério, isso é realmente necessário? Qual o problema com a moral e os bons costumes? Por que quando você diz que não gostou de ver a mulherada de peitos de fora é alvejado por todos os lados? Se tá todo mundo lutando por direitos iguais de expressão e convívio, então eu não deveria ter o direito de dizer isso?! QUE PORRA É ESSA?! Que porra de papo é esse de “que os homens têm medo de libertar as mulheres?”. SÉRIO, QUE PORA É ESSA?! Minha prima foi estuprada há dois anos atrás. Não porque estava vestida como vadia, não porque os homens suprimem as mulheres, não porque a sociedade é machista, mas porque essa porra de mundo saiu das rédeas, perdemos o controle. Se fosse um moleque no lugar da minha prima naquela noite, poderia ter sido estuprado também. O mundo é cheio de gente muito pior do que se vê em filmes. Se a sociedade fosse moralista, de fato, essa porra não aconteceria. Estamos olhando para o problema pelo lado errado.
Quanto à liberdade (ou libertinagem sexual), acho que todo mundo deveria ser um pouco menos suscetível a impulsos. Mulheres e HOMENS. Por que sair trepando com todo mundo? Sexo é algo mais importante do que tentam fazer parecer.
Acho que todos os direitos precisam se igualitários e acho que todos nós precisamos de um pouco mais de bom senso.
“Minha prima foi estuprada há dois anos atrás. Não porque estava vestida como vadia, não porque os homens suprimem as mulheres, não porque a sociedade é machista, mas porque essa porra de mundo saiu das rédeas, perdemos o controle. Se fosse um moleque no lugar da minha prima naquela noite, poderia ter sido estuprado também. ” Bah, fatíssimo!! Cansamos de ver nos notíciários crianças estupradas e não raramente são meninos. Vamos cair na real, essa marcha é como a da maconha e a dos gays: uma piada (de mau gosto).
Vcs realmente acham que as mulheres não são MUITO mais estupradas que homens? Pegar excessão e tentar aplicar como regra não vale, gurizada.
E Carlos, tu poderia explicar aqui pra mim pq a marcha dos gays é uma piada (de mau gosto)? Agradeço desde já!
Feministas de boutique!
Se fossem feministas realmente, estariam participando em alguma ONGs ou grupo de apoio às mulheres!
Estariam esclarecendo sobre os benefícios e malefícios do aborto, do parto natural… explicando porque a mulher deve consultar um ginecologista.
Estariam ensinando as mulheres a denunciar violência doméstica… explicando o quê é e para que serve a Delegacia da Mulher!
Enfim, aumentando o conhecimento, melhorando a auto estima das mulheres que precisam!
Mas não, estão “desfilando” na mídia!
Desfilando com cartezes com dizeres imbecis, pintadas com siglas de partidos políticos que não fazem porcaria nenhuma pela sociedade.
Concordadíssimo Overlord.
Vadia, vadio, vagabundo, vagabunda: significado – ociosidade. Por que não deram outro nome a marcha como das putas ou prostitutas? Sabendo que o policial canadence não as chamou de vadias e sim prostitutas. E agora José?
Conheço também um garoto que foi estrupado, e que hoje erroniamente chama as mulheres de vadias (até isto a marcha faz com uma criança).
Marcham para todo lado e não vão a lugar algum. Lhes dão a ilusória sensação de poder e abobalhados desfilam aos berros.
Isto é pão para vocês. O poder realmente não está a seu dispor.
algumas pessoas aqui conseguem confundir seios com os órgãos sexuais femininos…
Mas o direito de dar pra quem quisser sempre tiveram, dando que a maioria dá pra geral!
Vamos fazer a marcha dos comedores, reivindicando o direito de comer quem quisser sem ser chamado de galinha e cavajeste! é hilário asehuihauseihu!
Provavelmente tu é a favor do dia do orgulho hétero também, né, Bryan?
“desbanalizar” vai pro dicionário
Bernardo, não vai pro dicionário, porque já está no dicionário.
Segue definição de Desbanalizar
verbo transitivo
1. desprover de banalidade
2. tornar digno de atenção
Fico envergonhada e frustrada por ver no que o movimento feminista se transformou…e depois dizem que são contra nosa objetificação-como assim,se elas se vulgarizaram tanto nestas passeatas? E que Democracia é essa que elas defendem se todos que discordam sao reacionários?Nem ao menos para interpretar os argumentos contra,sendo que toda asociedade sempre deve parar para ouvi-las.Feminismo hoje virou piada! Ao invées de nos incentivar a combater nossa exploração sexual,nos dar auto-estima para nos libertamos da ditadura da beleza,nos incentivar á produção de conhecimentos científicos,etc,ficam aí de vagabundagem na rua e exaltando Valesca Popozua como símbolo de “libertação da mulher”.Por não exaltar Pagu ou Chiquinha Gonzaga? O objetivo do feminismo brasileiro atual é nos transformar todas em bundas e peitos! Aposto que vai vir uma “vadia” me chamar de ignorante…
Nossa, li tanto falando sobre partes do corpo!!! Rsrsrsrs… Que pena que isso choque tanto. Lembrei da minha irmãzinha, ela tinha uns 7 anos na época, perguntando, “Made, se todo mundo é igual, por que a gente não anda pelado?” Aff… E eu lá sabia responder isso! Porque somos animais adestrados a não mostrarmos o que somos!? Porque alguém algum dia disse que não podia e como boas ovelhas seguimos o rebanho? Ela fez o ser humano parecer tão idiota com apenas uma pergunta!!! Seios são seios queridos. Uma parte muito bela do corpo. Que pena que somos tão bestas que nos ofendemos tanto com uma coisa dessas. O chato é ter a certeza que se fossem homens com o pênis para fora geraria risos e não a indignação que os seios causaram. Pena mesmo!
Ana,
O Femen é um grupo contra a exploração sexual feminina e contra atrocidades cometidas contra as mulheres. Elas lutam muito pelas mulheres e elas mostram os seios em seus atos. Elas fazem isso por dois motivos, o primeiro para chamar atenção da mídia. E funciona (eu não sei você, mas eu nunca vi documentarem outras manifestações de temas feministas sem ser a marcha e os do Femen). Segundo para mostrarem que a mulher é dona de seu próprio corpo e se o seio pode ser associado a sexo, a uma coisa suja. Ele também pode ser usado e associado a protestos.
Se você quer melhorias nesses tópicos que você falou, pode ir na Marcha das Vadias. Elas não vão te obrigar a mostrar partes do seu corpo, elas deixaram você levantar suas bandeiras e acredito que terão as que te apoiarão. Não temos todas que ter o mesmo ponto de vista, mas temos que ser respeitadas independente de quais sejam eles!
Putz, achei o texto do caralho. Mt massa! tais de parabéns, visse? Sou homem, mas admito: As mulheres merecem ser donas do próprio corpo e do próprio pensamento! Chega de antolhos! Elas podem escolher mt bem o que é melhor pra si.
Prezados, aqui quem vos escreve é o autor do texto original.
Fico feliz em ter lido, finalmente, todos os comentários aqui da resposta do Alexandre.
Mais feliz ainda por ter passado por um pouco de maturação das ideias na vida, por ver que me expressei mal à época. Acima de tudo, fico feliz por ter mudado tanto a minha visão a respeito do que eu escrevi.
Ainda em 2012 eu tentei me explicar a respeito do texto original, porque percebi que as palavras agrediam sem propor um questionamento crítico minimamente aceitável, propositor de debate, e não de mera contraposição.
No início desse ano eu pedi a exclusão do texto ao pessoal do facool por perceber que aquelas não eram as minhas ideias, e que portanto seria melhor não estarem publicadas. Claro que o debate foi tão grande que muitas pessoas marcaram meu nome e minha opinião, principalmente através dessa publicação contrária aqui no Tabaré.
Fico feliz, também, por encontrar alguns amigos nos comentários e ver que, durante todo esse tempo, diversas vezes tive a oportunidade de debater sobre fatos da vida com praticamente todos eles. Acredito que eles representam bem, em síntese, a contrariedade ao que eu havia publicado naquela ocasião.
Em razão disso, acho válido vir aqui reforçar o que consolidei nesses dois anos e pouco. A luta feminista é das mais importantes da história da humanidade. Em momento algum aceitei o rótulo de machista, não me considerava uma pessoa preconceituosa. Aprendi a reconhecer que o preconceito está em nós, que ele é socialmente construído e acabamos repetindo ideias gerais, que não é uma bandeira que escolhemos vestir, mas uma cultura que repetimos por mal interpretarmos a necessidade de avanço intelectual a respeito do que está em debate, principalmente quando se refere a minorias oprimidas, ou ao machismo, como nesse caso específico.
Quero deixar claro que nunca fui um opressor consciente das lutas por liberdades, nunca quis ser um conservador e que, especialmente nesse texto, não tive a intenção de ser uma voz contra a manifestação em si, e sim quanto ao modo como ela foi feita, mas acabei infelizmente repetindo um discurso conservador. Coincidentemente, um ano depois desse texto ocorreram as “manifestações de julho”. Lembro o fato em analogia (guardadas as proporções) porque acho que o que eu queria dizer naquele momento, embora sem a consciência de estar defendendo um discurso conservador, é que acredito ser possível outra forma de manifestação, menos focada no choque e mais no discurso. Hoje, entendo que alguns movimentos fazem uso do choque justamente por estarem exauridos de palavras, como muitos aqui manifestaram.
Lamento ter respondido à provocação, naquele dia, em poucos minutos. Deveria antes ter conversado com algumas pessoas, poderia ter buscado compreender o feminismo como linha teórica, como acabou acontecendo graças ao currículo da minha graduação.
Se vão ler esta manifestação tanto tempo depois, não é o mais importante. Pra mim, é necessário reconhecer o erro com consciência de onde estava cada problema, não apenas os atacados pela resposta do Alexandre.
Foram várias lições em torno de um único fato, reproduzindo um discurso conservador com imprudência e inexperiência.
Obrigado a todos, e me desculpem.
Massa, cara.
Baita texto, fico feliz por ti e te admiro por ter escrito isso. Precisa de coragem. Faz parte de uma construção muito social o machismo, entre outras opressões. As vezes me pego me manifestando também de forma machista e me puno por isso, o importante é a vigília constante que a gente faz pra não ser aquilo que a gente detesta no mundo. Estamos crescendo também como sociedade nesse sentido.
Acho muito importante textos como esse teu, e nao acho que ele venha atrasado: a caminhada de cada um é própria e nao tem tempo definido, te respeito por isso.